31 de agosto de 2007

O milagre da reparação do erro…

O ME decidiu acatar, e bem, uma recomendação do Provedor de Justiça relativa ao regime de acesso à categoria de professor titular.
“A tutela vai permitir o acesso a professor titular, por nomeação, dos docentes do antigo décimo escalão que foram ultrapassados por colegas da mesma escola ou agrupamento com classificações mais baixas, explicou hoje o secretário de Estado adjunto da Educação, Jorge Pedreira.”
Se se mantiver a postura habitual desta equipa governativa, pautada na sua acção por critérios economicistas, este acesso fulgurante de bom senso do ME ficará circunscrito a apenas uma situação flagrante de injustiça. E porquê?
Porque os 200 docentes agora promovidos a titulares manter-se-ão no mesmíssimo lugar da carreira: no último escalão onde já se encontravam. Não auferirão por isso nem mais um cêntimo após a nomeação. Aos olhos da opinião pública, o ME dá um sinal de abertura, de sensatez e de equidade. O ME credita politicamente, e a custo zero convém lembrar, uma situação de injustiça que ele próprio criou e que agora repara. É o milagre político da multiplicação do erro: erra muitas vezes para depois corrigir os erros mais baratos.

Há quem lhe chame esperteza saloia, eu prefiro chamar-lhe o milagre da reparação do erro, só quando me armo em politicamente correcto...

30 de agosto de 2007

Minudências ou algo mais?

Conheço pessoalmente dois dos autores dos programas. Além da estima que tenho pelos colegas, reconheço-lhes mestria para desenvolver este tipo de labor. Estou globalmente de acordo com as linhas orientadoras dos programas e louvo o esforço de conciliação entre matérias nucleares (comuns a todas as escolas) e matérias opcionais (trabalhadas localmente). Porém, esta concordância generalizada não me coíbe de questionar o sentido de determinadas afirmações (com é este o caso) ou de suspeitar da incoerência de algumas decisões que inviabilizam o desenvolvimento do programa (cf. entradas anteriores), de cuja responsabilidade pode, ou não, ser alheia aos autores.
“Na explicação do programa ficou expressa a ideia de que a estruturação dos módulos deverá ser feita em cada escola, pelo professor e alunos de cada turma, após um período de avaliação inicial que permita perceber as possibilidades e necessidades de aprendizagem e aperfeiçoamento dos alunos considerando as competências a desenvolver e as normas de referência para a avaliação do curso. […]”
(o sublinhado é meu)

Pensava eu que as tarefas de planificação da actividades lectivas seriam da exclusiva responsabilidade dos professores. Este novo papel do aluno é equívoco, podendo tratar-se de um excesso de linguagem? de uma inovação qualquer que visa mobilizar o empenhamento dos alunos nas actividades propostas nas aulas? Pode até tratar-se de uma questão ainda mais profunda: da reconfiguração do papel do aluno tornando-o co-responsável pela definição do próprio trajecto escolar? Estivéssemos a falar dos programas de nível secundário e até se compreenderia, com alguma dose de boa vontade, esta mudança conceptual.

Admitamos que há intencionalidade na implicação dos alunos pelas tarefas de planeamento das actividades lectivas: onde, quando e como o poderão fazer? Sim… se há responsabilidade dos alunos nestas tarefas, convém definir os limites de intervenção de cada um dos actores e enquadrar este problema na questão da avaliação do desempenho do docente à luz do novo ECD.

28 de agosto de 2007

Ah! Antes que eu me esqueça ...

No desabafo contido na entrada anterior está implícita uma problemática que, todos nós professores, devemos enfrentar sem rodeios: a legitimação da nossa disciplina na escola. O que legitima a presença da área disciplinar, na qual somos especialistas, no contexto escolar? Se a nossa disciplina não tem lugar na escola ou está a perder "utilidade", que argumentos invocar para justificar a sua presença? Há alguma disciplina que possa contornar esta problemática?

Omeleta sem ovos…

Hoje apresentei-me ao serviço e aproveitei para levantar os programas da minha disciplina que, por enquanto, ainda faz parte da matriz curricular dos cursos de educação formação (CEF) e dos cursos profissionais (CP).
Não tenho parado de rir desde que comecei a folhear o documento! Eu explico: como a cama é curta para se deitarem todas as disciplinas que fazem parte da matriz curricular, houve necessidade de emagrecer os módulos de matéria até porque o tempo semanal de aulas está nos limites da razoabilidade. E rio porque o documento é internamente incoerente na medida em que não permite que uma parte dos objectivos, aqueles que se prendem com a aplicação dos princípios de treino e o desenvolvimento da Aptidão Física na perspectiva da Saúde (objectivos centrais para a disciplina), possam ser viabilizados.

E esta?

27 de agosto de 2007

Carta não-aberta...

... à Sr.ª Ministra da Educação
Por Ana Maria Carrasquinho (Uma professora indignada)
“[…] Queira V. Ex.ª assumir que a grande maioria das medidas demagógicas que implementou no sistema educativo e em particular, no Ensino Secundário, são, na prática, aquilo que toda a gente sabe: estratégias de poupança, por imperativos do descalabro económico e financeiro em que o país se encontra, ataque à Escola Pública e directo contributo para a proliferação de instituições privadas que têm vindo a crescer, como cogumelos, perpetuando assimetrias, injustiças e favorecimentos sociais de várias naturezas, em benefício de um espectro alargado de clientelas; […]”
[Ler aqui: Rostos on-line]

25 de agosto de 2007

Responda se souber…

“O objectivo é tornar Portugal num dos países do mundo onde professores pagarão tarifas mais baixas de acesso à Internet por banda larga...”
Esta frase foi proferida:
A. Pelo Primeiro-ministro
B. Por um vendedor da TMN
C. Pelo presidente do conselho executivo das Taipas

Se acertar na resposta receberá como prémio uma boa gargalhada! ;)

24 de agosto de 2007

Diga lá outra vez…

Se uma greve de professores não pode ser realizada porque afecta o “normal” desenvolvimento da avaliação externa, e considerando que a avaliação externa tem o mesmo valor que tem a avaliação interna, então uma greve, qualquer greve de professores, afectará sempre o “normal” desenvolvimento da avaliação interna. Uma greve causará, sempre, um prejuízo para os alunos que, numa escola mais ou menos recôndita, realizem testes de avaliação. Mais: como a avaliação interna é contínua, a única forma de não prejudicar o “normal” desenvolvimento da avaliação interna é agendar as greves para o período de férias.

Será que estou a ver mal o problema?

O influente*

“O influente ordinariamente é proprietário; (...) Na véspera de eleições todos o vêem montado na sua mula, pelos caminhos das freguesias, ou, nos dias de mercado, misturado entre os grupos: fala, gesticula, grita, tem pragas e anedotas. Dispõe de 200 ou 300 votos: são os seus criados de lavoura, os seus devedores, os seus empreiteiros, aqueles a quem livrou os filhos do recrutamento, a bolsa do aumento de décima, ou o corpo da cadeia. A autoridade acaricia o influente, passa-lhe a mão por cima do ombro, fala-lhe vagamente no hábito de Cristo. Tudo o que ele pede é satisfeito, tudo o que ele lembra é realizado. As leis curvam-se, ou afastam-se para ele passar. As suas fazendas não são colectadas à justa: é o influente! Os criminosos por quem ele pede são absolvidos: é o influente! (…)

Quando o deputado proposto pelo governo é da localidade, o processo de acção é o mesmo; somente em lugar de ser unicamente realizado pela autoridade, é-o de acordo com o deputado: é disto que se diz: o governo protege-lhe a eleição. Isto é – auxilia com a pressão e corrupção que exercem as suas autoridades oficialmente, a pressão e corrupção, que o deputado (proprietário, ricaço, agiota) exerce particularmente.

Fazer aqui a enumeração das vergonhas, misérias, torpezas, vexações de uma eleição – isso, leitores honestos – estaria muito acima da vossa paciência –, se não estivesse muito abaixo da nossa dignidade!” (pp. 61-62)
*Eça de Queiroz

23 de agosto de 2007

Telhados de vidro…

O De Rerum Natura é um excelente blogue, que nos presenteia, não raras vezes, com textos interessantes acerca dos males que conspurcam a qualidade do ensino não superior. Fico algo surpreendido com a desenvoltura de alguns colegas, que não se ficam pelos diagnósticos, eles passam mesmo às soluções. Melhores manuais escolares, novos programas, reconfiguração dos planos de estudo, menos ministério da educação, etc., etc.

O rigor, a disciplina, o esforço, o trabalho, valores que dizem não ver reflectidos nas políticas de educação não superior, podem e devem estar presentes nas instituições do ensino superior, formadoras de professores, com autonomia para ditar as regras do jogo e definirem o perfil de saída dos profissionais do ensino.
Sem um ministério da educação por perto a tolher as políticas de rigor que se desejam ver implementadas no ensino superior, seria louvável que a massa crítica dos investigadores e docentes (os colegas do Rerum Natura são referidos como mero exemplo) fosse capaz de se auto-reformar e desencadear a expurgação de um certo relativismo cultural (facilitista), aquele que nos entra pelo ensino não superior dentro, pela via universitária, e que sustenta o famigerado “eduquês”.

22 de agosto de 2007

Sono profundo…

Durante um breve passeio pela blogosfera, encontrei 4 textos interessantes. No blogue do Pacheco Pereira, o historiador dá-nos conta do desfasamento entre a retórica macro das reformas e a realidade micro, no caso das escolas e dos professores.
Este acordar tardio não abona nada a seu favor e é um sinal que revela, em primeiro lugar, a dissonância entre uma realidade virtual, que ele ajuda a criar nos média, e o quotidiano dos cidadãos.

21 de agosto de 2007

O que vale um valor?

Um campo de milho, em Silves, ao ser vandalizado por um grupo de jovens, fez germinar um caso de polícia.
O ministro da agricultura, esmerado nas suas funções, deslocou-se ao local do delito e não se coibiu de declarar à imprensa que o Ministério da Agricultura dará todo o apoio jurídico de que o agricultor necessitar. Não sei se me está a escapar algum dado importante no meio desta azáfama mediática, mas parece-me algo exagerado o envolvimento directo de um ministro num conflito particular. E porquê? Porque se a presença de um ministro no local do delito enfatiza o valor da propriedade privada, a ausência da ministra da educação (por exemplo) nos locais onde se verificaram violações à integridade física dos professores, não contribuiu em nada para reforçar o valor da dignidade humana, configurado no direito à segurança na actividade profissional.

20 de agosto de 2007

Estado mínimo socialista…

Guerra ao funcionário público…
“E o símbolo do Partido Socialista devia ser um porco em vez de uma rosa. Assim como assim, a cor é a mesma.” (O diário do anthrax)
Das duas uma. Ou este governo quer provar o inverosímil, que é fácil apanhar moscas com vinagre; ou quer acabar com o Estado começando pela função pública.

19 de agosto de 2007

The Power of Schmooze Award

Este prémio é uma tentativa de reunir os blogs que são adeptos aos relacionamentos "inter-blogs" fazendo um esforço para ser parte de uma conversação e não apenas de um monólogo. Foi criado pelo Mike do Ordinary Folk.
"Regras:
1. Se, e somente SE, você receber o "Thinking Blogger Award" ou "The Power of Schmooze Award", escreva um post indicando 5 (cinco) blogs que tem esse perfil "schmoozed" ou que tenha te "acolhido" nesta filosofia. (se não entendeu, leia a explicação no parágrafo anterior de novo).
2. Acrescente um link para quem te indicou .
3. Opcional: Exiba orgulhosamente o "Thinking Blogger Award" ou o "The Power of Schmooze Award" com um link para este post que você escreveu."

Não foi difícil seleccionar 5 blogues com as características definidas pelo autor da ideia [dizem que há uma espécie de prémio?... hummm.... ando nisto há algum tempo e nunca vi ninguém a apropriar-se da coisa]. Não me deixei levar pelo número de comentários ou visitas conquistadas. Fui apenas tocado pela subjectividade, pelo estilo, que se reflecte na escrita dos autores dos seguintes blogues:

Sugestão...

Se me permite uma sugestão, olhe que vale a pena passar pelo Freixo.

18 de agosto de 2007

Fauna…

Há coisas que nem ao diabo lembra [ou lembrava]…
Não sei se são resquícios de um ano vivido intensamente ou se é um sinal da idade que passa por mim sem me pedir permissão. Sempre que ouço um toque de campainha fico incomodado e com vontade de a fulminar. Infelizmente, a minha escola ainda mantém activo esse velho instrumento de tortura, de auto-punição: a campainha - é um artefacto que não promove a responsabilização do cumprimento de horários... mas isso seria outra conversa...

Hoje acordei sobressaltado. O toque era intermitente. Vivo num local pacato onde predomina o verde e, nestes dias de verão, o som dos pássaros abafa o ruído dos motores. Fui à janela ao encontro do tilintar e... ali estava, bem no cimo da figueira, o novo brinquedo do vizinho das traseiras: um cata-vento estridente...

Esta fauna é de facto admirável!…

Coveiros com escola…

«Elvas vai ter escola de coveiros
O objectivo da Servilusa - empresa a quem foi concessionada a gestão do complexo funerário elvense, o primeiro do País - é acabar com as "posturas erradas" dos coveiros, como falarem ao telemóvel, fumarem ou não estarem devidamente fardados por ocasião do funeral.

"Vamos implementar um serviço mais humanista", justifica Paulo Carreira, representante da Servilusa.»
Resisto ao humor sórdido e centro-me apenas no objectivo eleito pelo Sr. Paulo Carreira para a sua escola: implementar um serviço mais humanista.
Ainda bem que a representação do papel de uma escola profissional emerge da ideia de humanizar funções sociais. Seria bom que os planos curriculares dos cursos profissionais reflectissem esse objectivo mais na substância e menos na forma.

17 de agosto de 2007

Outro olhar II

Numa típica incursão pelos terrenos da educação, José Manuel Fernandes insiste no reforço da regulação mercantil da educação escolar como única alternativa às políticas de direita do governo PS. O PSD deve, no entender do director do Público, seguir um caminho mais liberal e menos social-democrata.
“Na área da educação, por exemplo, em vez de prometer mais inglês ou mais computadores, uma oposição com outra visão da relação entre o Estado e a sociedade falaria antes de dar mais liberdade de escolha aos pais; de acabar com a centralização dos concursos e das colocações; ou da responsabilização dos órgãos directivos e de uma maior participação das comunidades e poderes locais; de menos formatação das carreiras e de mais avaliação de escolas e professores em função dos resultados obtidos, não das burocracias cumpridas; de mais concorrência e mais descentralização, permitindo que localmente se percorressem percursos diferentes; de um tratamento equiparado das escolas públicas e privadas, olhando aos seus resultados e não ao seu estatuto; de menos serviços centrais, mesmo chamando-lhes serviços desconcentrados.” (Público, 13/8/07)
Paradoxalmente, este tipo de discurso liberal defende com grande entusiasmo a desconcentração de poderes do Estado, ao nível da definição de percursos escolares diversificados, ao mesmo tempo que reclama uma avaliação de resultados estandardizados e definidos centralmente.
Como avaliar centralmente programas escolares definidos localmente?

Outro olhar…

O professor António Brotas, num artigo de opinião do jornal Público (6/8/07), propõe cinco medidas para melhorar o ensino português:
  1. mudanças que impliquem mais os actores locais na gestão das escolas;
  2. diminuição do carácter prescritivo dos programas do ensino secundário - um desafio à inovação e à criação nas escolas;
  3. avaliação dos professores mais orientada para a desocultação muito maus [uma minoria] e muito bons [outra minoria] professores, ao longo de vários anos [proposta que deve ser discutida largamente com os sindicatos e só depois de ser implementada a medida anterior;
  4. criação de “professores-majores” [os actuais professores titulares?] após a frequência de formação acrescida necessária ao exercício de novas funções [como por exemplo a criação de novas disciplinas];
  5. alteração no sistema de formação de professores que permita suster a criação de cursos de formação de professores fazendo depender a oferta às necessidades efectivas das escolas [seria incrementada a formação dos professores em contexto de ensino através da criação de centros de formação nas escolas] através de um exercício prospectivo de médio e longo alcance [mais de 3 anos].
Antevendo dificuldades ao nível do modus operandi, agrada-me a ideia de exigir mais responsabilidade aos professores, nomeadamente, um maior comprometimento pelas matérias de ensino desde que fosse diminuído o carácter prescritivo dos programas. Apesar de não ser inovadora, considero igualmente interessante a ideia da criação de centros de formação de professores que teriam de ser dinamizados por professores com formação especializada no acompanhamento de professores novatos. Ao nível da gestão escolar, acrescentaria a limitação de mandatos aos “titulares” de órgãos de gestão de forma a afrontar os compadrios e as prepotências; rejeito ainda qualquer modelo de gestão escolar que emirja de processos de nomeação política porque a educação escolar é muito importante para estar sujeita à dança das cadeiras partidárias.

16 de agosto de 2007

Uma gargalhada…

… para o contorcionismo de Marques Mendes (evidenciado na recente visita à Madeira) e para a (in) coerência da ministra da Educação (que defendeu no parlamento a actuação da directora regional do Norte Margarida Moreira e do director de serviço que denunciou o professor Fernando Charrua).
“a gargalhada nem é um raciocínio, nem uma ideia, nem um sentimento, nem uma crítica: nem é o desdém, nem é a imaginação; nem julga, nem repele, nem pensa; não cria nada, destrói tudo, não responde por coisa alguma! E no entanto é o único inventário do mundo político em Portugal. Um governo decreta? gargalhada. Fala? gargalhada. Reprime? gargalhada. Cai? gargalhada. E sempre a política, aqui, ou pensando, ou criando, ou liberal, ou opressiva, terá em redor dela, diante dela, sobre ela, envolvendo-a, como a palpitação de asas de uma ave monstruosa, sempre, perpetuamente, vibrante, cruel, implacável – a gargalhada!
[…]
Oh política querida, sê o que quiseres, toma todas as atitudes, pensa, educa, ensina, discute, oprime, - nós riremos. A tua atmosfera é de chalaça!” Eça de Queiroz in Farpas (2004), Cascais: Principia

15 de agosto de 2007

Mitos deste tempo…

A estrutura externa do desporto moderno tem profundas analogias com práticas religiosas, não sendo nada fácil estabelecer com precisão as fronteiras de uma e de outra realização humana. É uma evidência que o desporto possui uma dimensão mítico-ritual. Não estou a afirmar que o desporto é uma nova religião. Estou apenas a dizer que é possível “ver” o sagrado na acção e no desporto. O mito como linguagem do sagrado possui uma função importante no mosaico social: assegurar o equilíbrio, manter as tensões das suas estruturas, permitir que os grupos projectem as suas angústias colectivas e os seus desequilíbrios pessoais.
Quando analisamos o mundo sagrado verificamos que nem sempre se manifesta da mesma maneira: pode metamorfosear-se atrás de expressões aparentemente estranhas, pode adoptar formas diversas…

Ontem fui à catedral e vivi o sagrado!