“Na área da educação, por exemplo, em vez de prometer mais inglês ou mais computadores, uma oposição com outra visão da relação entre o Estado e a sociedade falaria antes de dar mais liberdade de escolha aos pais; de acabar com a centralização dos concursos e das colocações; ou da responsabilização dos órgãos directivos e de uma maior participação das comunidades e poderes locais; de menos formatação das carreiras e de mais avaliação de escolas e professores em função dos resultados obtidos, não das burocracias cumpridas; de mais concorrência e mais descentralização, permitindo que localmente se percorressem percursos diferentes; de um tratamento equiparado das escolas públicas e privadas, olhando aos seus resultados e não ao seu estatuto; de menos serviços centrais, mesmo chamando-lhes serviços desconcentrados.” (Público, 13/8/07)Paradoxalmente, este tipo de discurso liberal defende com grande entusiasmo a desconcentração de poderes do Estado, ao nível da definição de percursos escolares diversificados, ao mesmo tempo que reclama uma avaliação de resultados estandardizados e definidos centralmente.
Como avaliar centralmente programas escolares definidos localmente?
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