“a gargalhada nem é um raciocínio, nem uma ideia, nem um sentimento, nem uma crítica: nem é o desdém, nem é a imaginação; nem julga, nem repele, nem pensa; não cria nada, destrói tudo, não responde por coisa alguma! E no entanto é o único inventário do mundo político em Portugal. Um governo decreta? gargalhada. Fala? gargalhada. Reprime? gargalhada. Cai? gargalhada. E sempre a política, aqui, ou pensando, ou criando, ou liberal, ou opressiva, terá em redor dela, diante dela, sobre ela, envolvendo-a, como a palpitação de asas de uma ave monstruosa, sempre, perpetuamente, vibrante, cruel, implacável – a gargalhada!
[…]
Oh política querida, sê o que quiseres, toma todas as atitudes, pensa, educa, ensina, discute, oprime, - nós riremos. A tua atmosfera é de chalaça!” Eça de Queiroz in Farpas (2004), Cascais: Principia
16 de agosto de 2007
Uma gargalhada…
… para o contorcionismo de Marques Mendes (evidenciado na recente visita à Madeira) e para a (in) coerência da ministra da Educação (que defendeu no parlamento a actuação da directora regional do Norte Margarida Moreira e do director de serviço que denunciou o professor Fernando Charrua).
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