“Na explicação do programa ficou expressa a ideia de que a estruturação dos módulos deverá ser feita em cada escola, pelo professor e alunos de cada turma, após um período de avaliação inicial que permita perceber as possibilidades e necessidades de aprendizagem e aperfeiçoamento dos alunos considerando as competências a desenvolver e as normas de referência para a avaliação do curso. […]”(o sublinhado é meu)
Pensava eu que as tarefas de planificação da actividades lectivas seriam da exclusiva responsabilidade dos professores. Este novo papel do aluno é equívoco, podendo tratar-se de um excesso de linguagem? de uma inovação qualquer que visa mobilizar o empenhamento dos alunos nas actividades propostas nas aulas? Pode até tratar-se de uma questão ainda mais profunda: da reconfiguração do papel do aluno tornando-o co-responsável pela definição do próprio trajecto escolar? Estivéssemos a falar dos programas de nível secundário e até se compreenderia, com alguma dose de boa vontade, esta mudança conceptual.
Admitamos que há intencionalidade na implicação dos alunos pelas tarefas de planeamento das actividades lectivas: onde, quando e como o poderão fazer? Sim… se há responsabilidade dos alunos nestas tarefas, convém definir os limites de intervenção de cada um dos actores e enquadrar este problema na questão da avaliação do desempenho do docente à luz do novo ECD.
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