O Henrique Jorge diz, e bem, que “os pareceres do Provedor não são vinculativos”, e pergunta, “O que é que adianta inundar o Provedor com processos?”
A questão colocada nestes termos parece valorizar apenas aquilo que pretensamente produza resultados imediatos e tangíveis. Só que, paradoxalmente, uma das críticas mais certeiras ao movimento sindical é a teimosa unidireccionalidade da luta (manifestações, greves e o recurso, raro, aos tribunais). Quando se diversifica, como parece ser este o caso, e se dá visibilidade à contestação, recorrendo a outras figuras do estado, incorre-se no erro de se estar a lutar apenas por vitórias morais. Preso por ter cão e preso por não ter. Só que a luta sindical e política não se decide apenas no imediato e no domínio do confronto directo.
A meu ver, se esta acção de luta é estratégica não posso estar mais de acordo com ela, sendo necessário alargar ainda mais a frente de combate político. Como a imprensa parece ter percebido, tardiamente é certo, as incongruências e os atropelos à legalidade orquestrados por esta equipa ministerial, há que procurar navegar na onda mediática. E ao mesmo tempo que emergem as ilegalidades na tentativa de reforma do sistema de ensino faz todo o sentido prosseguir a luta nos tribunais, como tem sido sugerido, e bem, pelos sindicatos da FENPROF.
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