Se a tese do Paulo se confirmar, que estalou um clique na cabeça do Presidente da República que o terá feito abrir os olhos e ver o que a maioria dos professores viram em tempo útil, o que virá daí?
Ser a força de bloqueio às políticas do governo que ele próprio criticara como primeiro-ministro?
Ser mais incisivo nas declarações públicas isolando ainda mais o governo na concha parlamentar?
Admitamos que agora é que vai ser: que o Presidente vai pôr na linha o governo (ainda estou para perceber como é que ele o poderá fazer e que instrumentos vai usar) e fazê-lo respeitar a LBSE e a Constituição. Se o PSD e o PS estiverem de acordo (e não estão?) quanto à mudança de paradigma, submetendo o projecto educativo nacional a lógicas neoliberiais, o que poderá fazer o Presidente da República?
E já que estamos a colocar hipóteses, atendendo à qualidade e à experiência das assessorias do presidente não é plausível considerar que estas afirmações públicas do presidente farão parte de um cenário de aparente oposição ao governo, já que a oposição propriamente dita acabou por se deixar anular no espaço mediático, e esta velada oposição pode ser a forma encontrada para amortecer as ondas de choque da crescente contestação popular?
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