As políticas deste governo não mobilizaram o País para a educação. De costas voltadas para os professores e funcionários, mas de braço dado com os representantes de alguns pais que se representam a si próprios e com uma dúzia de empresários que conseguiram “novas oportunidades” de negócio, o governo não teve um projecto educativo nacional que emergisse de um quadro de um projecto de sociedade. Não há um sinal que nos conduza a uma sociedade mais humanista e solidária.
As lógicas do imediato que subjazem às políticas deste governo parecem desadequadas à natureza da educação (que requer lógicas de longo prazo). Os interesses imediatos (políticos, sindicais, das associações de pais e de professores, das empresas, etc.) prevaleceram e ordenaram as tomadas de decisão sacrificando os interesses mediatos (o desenvolvimento e a modernização do País, a elevação significativa do nível cultural educativo das pessoas) apesar de uma retórica oficial que insiste em afirmar o contrário. A certificação deixou de ser sinónimo de qualificação.
Sem comentários:
Enviar um comentário