21 de janeiro de 2007

... em cadeia...

A LN quer ser o que trilha para ser... feliz. De facto, o que nos diferencia uns dos outros não é tanto o QUE mas o COMO agido para ser feliz.
Encontro na memória projectos abandonados, outros inacabados, de felicidade. No fundo, recuperar esses projectos é, também, perceber a ontogénese. É perceber a imersão cultural em que vivi e procurar razões, subjectivas, que possam legitimar este meu modo de ver o mundo. Enquanto escrevo estas linhas aproveito para remexer nesse baú...
...
Agora que o fechei, já posso fixar-me em projectos mundanos: ora, o que quero ser quando fôr grande? Quis ser jogador de futebol... e fui. Quis amar... e amo. Quis ser professor... e sou. Quis saber quem sou e o que faço aqui...
Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós
Quis recordar esta letra de José Niza e evocar os significados que ela encerra!

Convoco uma Aragem para levar esta cadeia e uma cabeça lhe dar algum discernimento.

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