24 de outubro de 2004

Mudança do (no) interior...

A mudança não é, em si, boa ou má. Serão os sentidos e os fins que lhe determinam a essência. Estou convicto que mudar a Escola será um propósito iníquo se cada um descurar o seu posicionamento dentro da instituição. Apelar à mudança do contexto sem ousar a mudança de si próprio é, no mínimo, incoerente. O sentido da mudança terá de ser, a meu ver, de dentro para fora. É assim que eu me procuro posicionar na vida. É assim que eu me situo na profissão que escolhi.
Isto a propósito das duas últimas entradas relativas à sala de professores. Dirigi o meu olhar para a metamorfose da escola situada. Considero que uma educação personalista e uma escola cultural exigem do professor uma grande disponibilidade. Não será este o momento para discorrer acerca do perfil do professor cultural. É o tempo de procurar soluções, de agir. Não é o tempo de carpir as mágoas pelo rumo da educação. É nesta medida que irei, sem qualquer propósito moralista e hipócrita, enunciar um conjunto de medidas básicas que nortearão a minha conduta. Para alguns serão inócuas, para mim serão um ponto de partida:
  1. Estar disponível para trabalhar com todos, alunos, colegas e órgão de gestão;
  2. Dar o primeiro passo, de forma inequívoca, em direcção ao diálogo;
  3. Relegar para segundo, terceiro ou quarto plano as quezílias pessoais;
  4. Estar de vigília à exequibilidade das ideias, planos e iniciativas que se orientem para a uma concepção de escola cultural.

As salas de professores não podem continuar como dantes!


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