A insuficiência, e em muitas escolas a ausência, de espaços e meios adequados ao trabalho em equipa ou ao trabalho individual gera nos professores um sentimento de impotência, de inoperância e de frustração. A sala de professores e a biblioteca transformam-se em portos de abrigo para os professores que procuram rentabilizar os seus tempos de preparação. Na linha do que refere o Gustavo, será que não existem alternativas menos convencionais, com outra configuração espacial, com arranjos menos “convivenciais”? Sabendo como os contextos determinam as relações interpessoais, será que a adopção de uma lógica de funcionamento da organização escolar subordinada à expressão da dimensão técnica do profissionalismo docente não alteraria o cenário do palco onde se joga o poder? Claro que sim. Contudo, como refere e bem o Manuel, “acabar com um qualquer espaço de visibilização deste mapeamento político e social implica que ele apenas se deslocalize”. Estas duas perspectivas de olhar a organização escolar não se excluem. Enfatizam um ou outro aspecto caracterizador da cultura escolar. A metamorfose de uma escola situada será, a meu ver, “a grande questão”.
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