1 de abril de 2008

Overdose...

O debate foi um logro: Não aclarou os temas em discussão, foi lançada poeira sobre os factores de entropia no funcionamento da relação pedagógica, foi conduzido [durante muito tempo] para questões dicotómicas [escola pública/privada]. Não por culpa dos painelistas, obviamente. O formato do programa não dá para mais...
A polissemia do conceito de autoridade acabou por enredar os intervenientes. Conceito entendido por todos na relação expressa professor-aluno, a autoridade foi o elemento chave, o tampão dos actos de indisciplina [violência?]. O foco incidiu nas diversas dimensões de autoridade [autoridade-reconhecimento; autoridade-afectividade; autoridade-negociação; autoridade-regras] para traduzir uma relação de poder entre dois actores educativos: Afinal, quem manda na escola? Quem manda na sala de aula? Professor ou aluno?

A overdose mediática do caso Carolina Michaelis terminou(?), e ainda bem. Houve demasiado “ruído” sobre este caso, que fez desviar o foco da discussão para padrões de comportamento em sala de aula. Preferia ver discutidas mudanças no sistema educativo [e não posso desprezar o aviso do Ademar Santos, o caso Escola da Ponte é uma luz: não queiram convertê-lo numa sombra] que colocassem em causa um dos alicerces da escola actual: o ensino em classe/turma.

PS: Gostei de ver o Paulo desfrutar do convívio com alguma da fauna presente ;o)

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