26 de setembro de 2007

Presunção e água benta...

O incremento do tempo de trabalho de escola e a consequente redução do tempo de trabalho individual suscitou a ira de muitos docentes. As reacções de desagrado decorrem dos efeitos da intensificação do “trabalho individual”, expressão que pode significar, redução do tempo de preparação das actividades escolares.
Como é usado o tempo de preparação das actividades escolares? Sabendo que o impacto da intensificação do trabalho docente é sentido de modo desigual, como distribuir este tempo fazendo prevalecer o critério de equidade?
Esta questão, tratada com seriedade, conduzir-nos-ia a uma avaliação dos contextos em que esse tempo é usado, fazendo depender o tempo de preparação às circunstâncias do trabalho (por exemplo, o contrato a tempo inteiro ou a tempo parcial) e à (in)capacidade produtiva de cada um dos docentes.

É uma pena que o pretensiosismo disciplinar balcanize a discussão, fazendo-nos desviar do que importa relevar: que a intensificação do trabalho docente, até certo ponto, desqualifica a função.
É uma pena que o Paulo Guinote não tenha percebido isto.

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