Será que perdeu? Será essa perda real ou apenas percepcionada? Com que critérios avaliamos a transmissão de saber através da generalidade dos Órgãos de Comunicação Social? Será *informação* o ponto de vista particular de uma cadeia de audiovisuais pertencentes ao mesmo grupo económico? Será *transmissão de conhecimento* a propaganda astrológica e outras efabulações new age que nos são transmitidas pela televisão? Constituirá *conhecimento* o manancial de dados e opiniões disponíveis na internet mas não submetidos a nenhum sistema de verificação de credibilidade? E seria desejável que tal sistema existisse? Extrapolando, seria ou não conveniente a existência de um mesmo sistema de verificação de qualidade para a Escola - por exemplo, para os manuais escolares? Transmitirá a Escola os devidos conhecimentos e, sobretudo, os devidos valores? Deverá a Escola educar para os valores? Em caso afirmativo, que valores serão esses? A escolha desses valores e desses conhecimentos devolverá à Escola a sua posição referencial na transmissão de cultura? Constituirá isso o âmago da profissão docente? SL
27 de julho de 2007
Balanço…
A Escola deixou de ser aceite como um referencial de verdade, viu destruída a sua autoridade moral e desgastado o prestígio da função docente. Confrontada com a indústria do audiovisual e com os meios de comunicação de massas, a Escola perdeu não só a exclusividade da transmissão da cultura em geral e da ciência em particular, como foi ultrapassada em termos de eficácia por esses meios. Sem autoridade e sem o exclusivo, ou sequer o melhor desempenho na transmissão do saber, parece pertinente perguntar, qual o papel que ainda poderá ainda caber hoje à Escola?
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