Isto a propósito desta entrada do Manel:
“[…] numa altura que se discute a avaliação das escolas e que se preparam os contratos de autonomia (circunscritos a uns quantos felizardos/azarados), é interessante perceber como é que as escolas se estruturam para dar resposta aos resultados e aos desafios que um e outro colocam;
como já pude apreciar numa das propostas da autonomia, a tendência é a de descair para o mercado, quantificando um conjunto de circunstâncias que, se tem o seu lado bom de métrização, apresenta o claro inconveniente de ser ou escasso (porque pouco ambicioso) ou excessivo (condicionado que está por tempos, espaços e modos);
como é interessante perceber (e analisar) quais os instrumentos que são definidos para a concretização dos objectivos; e aqui é engraçado perceber que há quem se afirme mais papista que o papa, isto é, recorre aos instrumentos e aos procedimentos que habitualmente tem criticado ao governo central e ao ME;
será que a tendência vai para a criação de espaços de microgovernos?
será que as perspectivas de responsabilização irão no sentido de se acentuarem os espaços verticais de hierarquia e poder?
será que a tendência de prestação de contas (a accountability) irá no sentido da funcionalização escolar e educativa?
será que se acentuará a vertente operária dos professores?
e não se diga que é culpa do governo. […]”
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