"[…] Receio este medo que cheiro no ar.É verdade, Teresa. Este clima sinistro e este estado de ansiedade poderiam muito bem ser evitados! Poderiam...
O desimportamento, o silêncio que pode gerar.
Assim encolhidos, assim perdidos e afligidos, será fácil continuar a fazer o que até aqui nos tem sido feito...
Medo do medo. Confesso. Isso tenho."
Evoco Brecht, enquanto penso neste colectivo amorfo em que me encontro.
"Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo."
Bertold Brecht
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