Não há escola que se preze que dispense do seu quadro docente um cromo que, por comodidade de expressão, passo a designar de professor porreiraço. É um tipo, presumo que estará muito bem identificado no manual da fauna docente (ainda no prelo ;)), que se caracteriza pela capacidade invulgar de se metamorfosear em bobo da corte. Egocêntrico, por natureza, não perde uma oportunidade para se pavonear e atrair as atenções dos alunos [porque os julga estúpidos e subservientes] num jogo inócuo e banal, pouco ou nada se importando se o exercício debilita a sua condição de educador. Usa o cochicho e a maledicência para disfarçar a falta de frontalidade. Não dá a cara por uma causa excepto se verificar unanimismo e dessa congregação de vontades puder emergir o seu ego insaciável. Foge (literalmente) dos conflitos e usa a graçola como arma de arremesso para aligeirar as discussões. Não se quer comprometer porque é um medroso. Mas atenção: nem sempre um porreiraço aparece no seu estado mais puro... o que vem dificultar a revelação...
Isto a propósito de vivermos uma época natalícia que evoca o circo… os palhaços. E porque me lembrei dos palhaços como podia deixar de pensar nos porreiraços?
Nem a eventualidade de me cruzar com um porreiraço me fará resignar. Continuarei a afirmar que: Tenho orgulho em ser professor!
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