25 de setembro de 2006

Das aulas de substituição…

A aula de substituição foi uma das soluções encontradas pelo ME para ocupar os alunos durante a ausência de curta duração do professor.
O aplauso generalizado da opinião publicada e de um número restrito de professores [não me peçam estatísticas] evoca o argumento de que os alunos têm direito à matéria de ensino prevista num tempo e espaço definido à priori. Ao colocar o objecto de ensino [a matéria] no centro da acção educativa, a administração escolar parece defender a despersonalização da relação educativa e admite que o acto educativo não tem de ser necessariamente singular. A meu ver, é nesta abstracção do acto educativo que mergulha o paradigma do ensino à distância e que em certa medida já fora experimentado entre nós através da TV escola [a solução encontrada num tempo particular para resolver o problema do acesso massificado à educação escolar]

Mas a pergunta que me ocorre neste momento é a seguinte:
Serão as “aulas de substituição” um dispositivo de ensino transmissivo [Paulo Freire designava este tipo de ensino de educação bancária] que contradiz a tese da imprescindibilidade do professor?

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