"(Visão) Porque nunca aparece a referência ao termo «ensinar» no Estatuto, como criticou o professor Nuno Crato [Presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática]?
(ME) Não é verdade. Aparece várias vezes. Acho que as questões técnicas da pedagogia não devem vir para a esfera da actividade política. Podemos fazer um paralelismo com a área da saúde: seria o mesmo que o ministro da Saúde dizer qual a melhor técnica de diagnóstico para um problema de saúde." [Ministra da Educação, Visão (22/06/2006)] [o negrito é meu]
Li a entrevista e, excepto a novidade das escolas poderem vir a seleccionar os seus professores, não li nada de novo. Percebe-se a estratégia da ministra em repetir insistentemente as ideias do reforço do controlo das escolas e dos professores [com a cumplicidade dos meios de comunicação social] para que elas se incorporem nos discursos do senso comum. A meu ver, neste momento, já se confunde a notícia com a propaganda.
Mas não é sobre a entrevista da ministra que me interessa reflectir. Procuro apenas perceber o alcance daquela afirmação, aparentemente inócua, mas que reflecte a filosofia que subjaz à actuação desta equipa no ME.Se as questões técnicas [o ensino é uma técnica da pedagogia?] da pedagogia não podem vir para a esfera da actividade política, posso deduzir que as outras questões, a económica, a administrativa, por exemplo, é que devem ser as questões chave da política educativa, o que não deixa de ser, no mínimo, obtuso. Mas, a ser verdade que a ministra recusa a utilização de argumentos pedagógicos para legitimar decisões políticas, o que dizer da argumentação utilizada para justificar o encerramento das escolas do 1º ciclo?
(ME) Não é verdade. Aparece várias vezes. Acho que as questões técnicas da pedagogia não devem vir para a esfera da actividade política. Podemos fazer um paralelismo com a área da saúde: seria o mesmo que o ministro da Saúde dizer qual a melhor técnica de diagnóstico para um problema de saúde." [Ministra da Educação, Visão (22/06/2006)] [o negrito é meu]
Li a entrevista e, excepto a novidade das escolas poderem vir a seleccionar os seus professores, não li nada de novo. Percebe-se a estratégia da ministra em repetir insistentemente as ideias do reforço do controlo das escolas e dos professores [com a cumplicidade dos meios de comunicação social] para que elas se incorporem nos discursos do senso comum. A meu ver, neste momento, já se confunde a notícia com a propaganda.
Mas não é sobre a entrevista da ministra que me interessa reflectir. Procuro apenas perceber o alcance daquela afirmação, aparentemente inócua, mas que reflecte a filosofia que subjaz à actuação desta equipa no ME.Se as questões técnicas [o ensino é uma técnica da pedagogia?] da pedagogia não podem vir para a esfera da actividade política, posso deduzir que as outras questões, a económica, a administrativa, por exemplo, é que devem ser as questões chave da política educativa, o que não deixa de ser, no mínimo, obtuso. Mas, a ser verdade que a ministra recusa a utilização de argumentos pedagógicos para legitimar decisões políticas, o que dizer da argumentação utilizada para justificar o encerramento das escolas do 1º ciclo?
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