Inexplicavelmente, a divulgação das “boas práticas educativas” tem sido uma medida preterida no rol das tentativas de obstar a má imagem publicada dos docentes e das escolas. Assistimos diariamente nos órgãos de comunicação social ao desbaratar do exíguo capital de confiança que a escola e o docente eram depositários, pela acção executiva que se deixa ordenar por políticas de “terra-queimada”, pela acção mórbida de uma comunicação social acomodada à notícia fácil do quanto pior melhor, pela acção dos próprios actores educativos que vivem virados para dentro dos muros das escolas insistindo numa atitude defensiva autofágica.
Parece-me claro que é pelo lado da divulgação das “boas práticas”, preferencialmente na comunidade local, que se requalifica a imagem do professor e da escola. É na escola situada que este desafio terá de se colocar. As “boas práticas” têm de saltar os muros das escolas para contagiar a comunidade local. E se há espaço em que os manga-de-alpaca e aos “fazedores de opinião” se sentem desconfortáveis é esse mesmo, bem longe dos seus gabinetes. É nesse terreno que se constrói o edifício da credibilidade.
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