É um universo de 120 professores mas há universos de todas as medidas... Graças à mobilidade coerciva de muitos colegas, ano após ano, há uma aragem de gente nova. E ainda bem! Alguns despedem-se para regressar mais tarde. Outros ficam, definitivamente [embora nada seja definitivo]. A acomodação é um processo interessante de se ver: Enquanto que alguns procuram desenfreadamente discernir as várias fontes de poder para se instalar por perto, outros, indiferentes a este jogo perverso, centram-se nos seus afazeres profissionais. Há sempre alguém que se mostra inconformado e protesta. Há sempre uma alma que deseja passar despercebida, sem deixar rasto de palavra. Alguns fogem como o diabo da cruz dos assuntos da escola enquanto que vão rareando os professores que apreciam uma boa conversa sobre a coisa educativa… Será esta uma escola situada?
Se exceptuarmos as inúmeras reuniões formais, é invulgar descobrir o prazer de uma pequena cavaqueira, uma simples troca de ideias alusivas à escola, um assinalar da actualidade política [educativa]. E o que dizer de uma saltada em direcção à utopia? Será que ninguém sente a falta de uma escola da tertúlia?
Tirem-me deste filme!
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