Vou levar a sério o desafio que a ministra da educação lançou ontem no Público:
“É muito importante que no interior das escolas, mas não só, se abra um debate sobre estas questões [referia-se a um conjunto de problemas pretensamente mencionados em relatórios nacionais e internacionais]. Que os relatórios de avaliação e documentos de diagnóstico sejam efectivamente lidos e divulgados para que possamos todos reflexivamente encontrar e concretizar soluções.”
Há muito tempo que venho denunciando o défice de discussão no interior das escolas.
Há muito tempo que apelo à iniciativa dos professores para que fomentem os espaços de discussão intra-muros cada vez mais marcados pela burocratização dos actos educativos.
Há muito tempo que desafio as lideranças da escola para que promovam o trabalho colaborativo utilizando redes de comunicação facilitadas e mediadores expeditos e entusiastas.
Em cada dia que passa e por cada medida legislativa tomada, sinto que caminhámos no sentido oposto. Há como que um apelo à acefalia: A intensificação do trabalho docente é a prova de que não tem havido vontade de envolver os professores nas tomadas de decisão sobre o destino da escola.
E já agora: O que pensa a Sra. Ministra fazer para promover a reflexão nas escolas? Será irrelevante a questão do tempo do professor? E os seus conselhos executivos? Será que estão interessados em discutir, abertamente, a escola?
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