20 de junho de 2005

A greve e os arautos da moral.

Tem sido caricato [é a expressão que me ocorre neste momento] ver os apelos, que surgem de quadrantes diversos, à consciência profissional dos professores para os afastarem da greve. O argumento utilizado de que a realização de uma greve, nestas circunstâncias – exames nacionais -, é um claro desrespeito pelos alunos sendo por essa razão imoral ou, como dizia um amigo blogger, profissionalmente desqualificante, é, digo eu, um argumento que constitui um enorme logro.
Bastará que cada um de nós encontre o interesse dos alunos nos antípodas do que é defendido pelos arautos da moral para transformar os incautos do sistema em bastiões da seriedade. É porventura imoral e uma desqualificação profissional, aceitar passivamente tentativas de manipulação e de coacção, venham elas de onde vierem. Os alunos exigem dos seus professores prova de coragem e dignidade. Estamos no domínio do exercício da cidadania. É aí que se devem colocar estas questões.
Haja prudência nas afirmações desqualificantes!

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