16 de maio de 2005

O riso perante a banalidade*

[…] Apetece-me rir desta estranheza e da confusão deles. Pensam que sabem tudo, todavia não sabem nada. Nada de nada. Tiram conclusões precipitadas e erróneas, espalham boatos mascarados de pia preocupação e em conjunto conjecturam a melhor forma de nos salvar da danação eterna.
[…] Apetece-me rir deles. Um riso entrecortado de lábios. […] Rio porque não os levo a sério. Se assim não fosse, certamente lamentaria a patética, ridícula e mesquinha atitude que revelam. Não posso considerar o que é banal, seria perda de tempo.”
*[chá de menta]

Não quis que fosse um desabafo ou uma provocação. Preferia observar um diálogo interior que confrontasse no espelho o Eu metamorfoseado. Esse meta-diálogo deixa-me rir...

Deixa-me rir
Essa história não é tua
Falas da festa, do Sol e do prazer
Mas nunca aceitaste o convite
Tens medo de te dar
E não é teu o que queres vender
[…]
Pois é , pois é
Há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor
O que vai dizer Segunda-Feira
[…]


[Jorge Palma]

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