A Escola para Todos e a Excelência Académica é um livro com três anos de existência. António Magalhães e Stephen Stoer relançam nesta obra um debate, ainda mais antigo, iniciado no Orgulhosamente Filhos de Rousseau que surge, por sua vez, como réplica ao livro de Filomena Mónica (1997) Os Filhos de Rousseau.
A discussão mantida nos últimos anos por um batalhão de curiosos pelos rumos que a educação em Portugal está a tomar e acerca daqueles que deveria, a seu ver, tomar, nunca foi suficientemente clarificadora. Este livro acaba por cartografar essa discussão fazendo emergir o que está realmente em causa.
Como se estivesse embalado pelo tom com que é tratada a “performance”, aqui vai a primeira [ex]citação:
[…] “A massificação da escola é um fenómeno social com que se tem de lidar, sendo tanto ridículo como inócuo escolher, face à questão, o carpir uma escola que já não é habitada pelos mesmos grupos sociais e caracterizada pelos respectivos desempenhos. O que não significa deitar fora com a água do banho o bebé, ou seja, a excelência escolar. Como promover, então, face à crise da escola meritocrática, a excelência escolar? Eis o terreno do desafio pedagógico, desafio esse que não pode ser confundido com a questão da redução da “performance” à pedagogia, e vice-versa.” […]
(p. 32)
Adenda: Mais um blogue. Inquietações Pedagógicas é a designação assumida por um grupo de pessoas interessadas na melhoria da educação e da formação dos portugueses. Somos pais, avós, estudantes, professores, técnicos e militantes educativos, interessados numa intervenção cívica no domínio da educação que consideramos decisivo para o futuro político, social, cultural e económico de Portugal e para a realização pessoal de cada um.
Seguirei de perto a vossa participação.
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