Permitam-me pensar em voz alta.
Em primeiro lugar, quero entender a necessidade da abertura da escola e definir os níveis e as dimensões dessa abertura. Podemos discutir a utilização dos recursos, enfatizar as questões pedagógicas, falar em modelos de gestão e administração escolar. O conceito de “abrir” será ambíguo se não formos precisos nesta matéria.
Em segundo lugar, há que definir o sentido da “abertura”. A meu ver, há que abrir a escola ao aluno porque é no ALUNO que se concretiza efectivamente a ligação Escola/Meio. A utilização da metáfora “abrir a escola” visa relevar o tipo de interacção com a comunidade local. Perrenoud considerava que antes de projectar uma mudança na relação com os pais seria necessário uma mudança significativa na relação com os alunos. Eis o eixo da mudança: transformar o aluno [e professor] em produtor de conhecimento desafiando a inovação, reformar os estabelecimentos de ensino, apostar na formação de professores.
Se preferirmos as mudanças parcelares na escola que todos conhecemos [ou pensamos conhecer] não faltam pontes para a comunidade. E o problema é que as pontes já não são como dantes. Estão mais gastas, menos seguras, corroídas pelo tempo.
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