13 de dezembro de 2004

Para quando?

A autonomia das escolas [básicas e secundárias] será a eterna miragem dos actores mais implicados na coisa educativa?

Não obstante eventuais referências aos contratos de autonomia no diploma que regula a gestão e administração escolar, na verdade, as políticas educativas da última década têm coarctado a emancipação das escolas públicas. Encontro duas razões para este desfecho:
1. Existe uma apetência [natural] da máquina administrativa de cariz piramidal em concentrar. O reforço centralizado da decisão garante a continuidade e a imprescindibilidade [alguém já o designou de polvo] no sistema educativo. Não vou para já referir-me aos discursos dos dirigentes, burocratas e políticos que procuram legitimar este modelo organizativo.
2. Existe um receio [direi, natural?] e complacência [em alguns casos] dos órgãos directivos das nossas escolas, que se habituaram a executar sem reflectir, a cumprir as ordens superiores sem questionar o sentido das decisões, a abdicar das pequenas margens de liberdade de acção que a lei actual concede. Creio que esta atitude trespassa para os docentes e desejo, sinceramente, que se fique por aí.

Até quando se manterá o cerco ao reforço do crédito global de horas? Não será este um bom indicador da benignidade das políticas educativas?
A demagogia não tardará!

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