9 de setembro de 2004

(Des)ordem...

As angústias e os pesadelos que emanam das disfuncionalidades das escolas, deixam marcas que magoam e corroem, obrigam-nos a protestar, reprimir, silenciar e, em alguns casos, fugir.
Nos momentos de acalmia, olhamos à nossa volta e reparamos que não estamos sós. Talvez porque se procura enganar a fadiga e dar tempo à recuperação, o desejo de procurarmos no outro e na profissão do outro afinidades e pontos de ruptura com esta profissão de professor permite-nos situar.
Isto a propósito de um texto do Henrique que fala da prepotência, da impunidade, do atropelo às regras democráticas, dos acólitos.
Paradoxalmente, é na avaliação da perversidade que encontro motivos para estimar a minha profissão. É o momento em que os exemplos dos outros nos ajudam a perceber o que significa liberdade de expressão. Que corporativismo é este que permite que estes exemplos sejam publicitados, discutidos, censurados quando atentam contra as regras elementares de civilidade ou fazem tábua rasa dos normativos legais?
Uma Ordem?...

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