A equipa que (des)governa o ME através das políticas conducentes ao controlo da classe docente teve o “mérito” de despertar os professores menos atentos aos assuntos de política educativa. Apesar do acréscimo de motivos para um “levantamento de rancho” continuo a verificar um encolhimento endémico da classe face aos desafios da acção situada.
Não é possível usar como pretexto a desinformação ou a falta de conhecimento das alterações normativas para justificar a inacção do professorado. Não me canso de enaltecer as iniciativas que visam accionar o interruptor motivacional, esteja ele onde estiver. Hoje, há uma profusão de contactos em rede que transporta, em tempo real, um manifesto ou um abaixo-assinado à escola mais recôndita. Arrisco dizendo que não há uma escola neste país onde não se tenha sussurrado uma referência ao blogue do Paulo Guinote ou ao Terrear do JMatias Alves.
O problema não está, a meu ver, na ausência de informação. O problema da inacção [ou da acção desconcertada] coloca-se ao nível da debilidade das capacidades volitivas. É uma pena não saber como treinar a perseverança em adultos. Sei que não basta o apelo à coragem! Não basta verbalizar a valentia! Sei que entre o discurso e a acção vai um mundo de distância...
Este é o drama dos valentes da retórica!
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