A frase proferida por aquela colega anónima que acabou por dar o título ao livro do ex-ministro da educação, Marçal Grilo, não podia expressar com mais clareza um dos grandes problemas da escola das "novas oportunidades". De facto, o “Difícil é Sentá-los”. Poder-se-ia dizer, se se procurasse minimizar o problema, que seria mais fácil sentá-los alterando a configuração das salas de aula (e das cadeiras… é evidente que se o assento fosse um sofá talvez fosse mais difícil deitá-los), da própria concepção de aula, do tipo de aula, da capacidade de mobilização do professor, de quem é que se espera que se sente, etc. etc. Podemos até dizer, sem faltar à verdade, que há disciplinas (na Educação Física, por exemplo) em que o difícil é levantá-los.
A dificuldade de fazer "assentar" os alunos agravar-se-á com o tempo porque a escola das profissões não existe para cuidar da Forma do ser humano, viveiro natural da vontade.
Capacidades volitivas, investimento pessoal, responsabilidade, são conceitos que a escola reduzida à formação profissional não quer tratar. São conceitos que exigem tempo, um tempo que a escola mínima, apenas preocupada com sucesso administrativo, não quer ganhar.
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