A ministra da Educação considera que o concurso para acesso à categoria de professor titular foi um "êxito", tendo decorrido sem falhas nem erros, e argumentou que as regras foram "escrupulosamente cumpridas".O secretário de estado admitiu, ontem, que as regras deste primeiro concurso a professor titular criaram "injustiças" que o ME tentará(?) reparar. A ministra questionada sobre a mesma matéria contorna a questão e responde que não há falhas concursais, não há erros, não há nenhuma ilegalidade. Não existindo uma contradição entre as duas declarações, fica uma vez mais demonstrado o perfil excessivamente burocratizado da ministra, característica capaz de lhe constranger a análise dos problemas e das necessárias soluções.
Questionada sobre uma eventual situação de injustiça no acesso de cerca de 200 professores à categoria mais alta da carreira – admitida ontem pelo secretário de Estado – Maria de Lurdes Rodrigues respondeu que "não há falhas, não há erros, não há nenhuma situação de ilegalidade que deva ser corrigida". (Público)
Ora, a meu ver, é aqui que reside o cerne do problema funcional desta Ministra da Educação: nota-se-lhe uma certa inaptidão em discernir a diferença entre justiça e legalidade. E como a justiça e a legalidade não andam sempre de braço dado, como deveriam andar, não deixa de gerar alguma perplexidade que um membro do governo se recuse a abordar questões de equidade suscitadas pelas formulações legais produzidas no seu ministério.
Sem comentários:
Enviar um comentário