Não sei se é um processo acelerado de envelhecimento, ou se é um sinal de que estou infectado pelo vírus da administrativite, ou se estou a bater mal da carola. Espero que esta dúvida extemporânea não sirva de pretexto para um internamento compulsivo… ;o)
Bem, vou deixar-me de graçolas que o caso é bem sério. É que esta entrada atípica tem uma razão de ser: enquanto vagueava pela página da IGE, parei no Relatório final da actividade do Grupo de Trabalho para Avaliação das Escolas. É um documento denso (503 páginas) mas que pode ser lido numa penada se ficarmos pelas conclusões e com as questões metodológicas (11 páginas). Já aqui fiz referência a este grupo de trabalho e ao documento que abre caminho à celebração de contratos de autonomia.
É possível ler nos anexos as respostas das escolas ao inquérito assim como é possível observar os relatórios de avaliação das escolas e agrupamentos. Mas, para ir já directo ao assunto que me ocupou mais tempo, foi uma simples questão que suscitou o desabafo com que iniciei este post:
Sabendo que o sucesso pode ser definido como a razão entre o que se pretende atingir (objectivos) e o que efectivamente se conseguiu (resultados), como justificar a inclusão do SUCESSO ACADÉMICO na avaliação dos resultados da escola?
A avaliação do sucesso académico de um aluno não dispensa a aferição dos seus objectivos pessoais. Sem conhecer os objectivos que o aluno pretende atingir não será possível determinar o seu sucesso académico. É que não basta conhecer os resultados do aluno. E como não é possível presumir que pelo simples facto de estar inscrito num determinado ano de escolaridade um aluno assume concretizar o objectivo de terminar esse ano de escolaridade, o conhecimento do resultado académico deste aluno é insuficiente para determinar o sucesso dele. Ou não? Prosseguindo com este raciocínio, como avaliar, então, o sucesso académico dos alunos da escola?
Isto a propósito de um dos elementos contidos no quadro de referência para a avaliação de escolas e agrupamentos, que se refere, especificamente, ao sucesso académico.
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