4 de março de 2007

Outras lentes…

Acabei de ler o 2º Relatório realizado pelo Grupo de Avaliação e Acompanhamento da Implementação da Reforma do Ensino Secundário e as recomendações que resultaram do estudo. Este instrumento permitirá monitorizar a implementação da “Reforma” e fornecerá elementos de grande utilidade à acção política. Foram seleccionadas e estudadas 16 escolas com base em critérios que eu não irei questionar, foi criado um fórum virtual – Fórum Ensino Secundário em Debate (FESD), na Internet, foram ouvidos técnicos do DGIDC e das DRE’s, foram entrevistados alguns especialistas em determinadas temáticas, receberam-se pareceres de inúmeras instituições e individualidades. Os documentos procuram reflectir, segundo os seus responsáveis, a diversidade de olhares sobre o impacto da Reforma.

Não vou questionar a seriedade dos elementos da equipa técnica escolhida pela tutela. Não é disso que se trata. O que é um facto, é que as recomendações que vieram a público não são neutras e, como se reconhece no documento, são admissíveis outras recomendações, tantas quantos os cenários que o próprio grupo de trabalho considerou. O que eu questiono é o critério adoptado para a constituição do grupo de trabalho que incluiu, unicamente, elementos do ISCTE e estruturas do ME. Preferia confrontar este relatório com um documento produzido por outra equipa, constituída por outros elementos, externos ao ME [não necessariamente nacionais], e que abarcasse uma pluralidade de entidades e de olhares.

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