14 de março de 2007

Mudar de lente…

A escola está sufocada por um excesso de missões e importa recentrá-la na sua função primordial. Esta ideia foi defendida por António Nóvoa na cerimónia de apresentação do debate nacional sobre educação, que decorreu na Assembleia da República em Maio passado, e não mereceu qualquer contestação. Sendo uma ideia consensual, o que tem sido feito para emagrecer a escola de missões supérfluas?

Olhando para a orientação das políticas educativas, constatamos um conformismo irritante daqueles que têm a obrigação de criar alternativas e o dever de procurar soluções. Refiro-me obviamente aos políticos profissionais (ir)responsáveis pela tutela educativa. A formação profissional é, a meu ver, uma missão perfeitamente dispensável e passível de ser optimizada se a colocarmos no seu espaço natural: na indústria e no comércio. Estou a pensar na responsabilidade social das empresas que têm o dever de ir mais longe nesta matéria, estou a pensar na ausência de políticas sociais que estimulem esta prática, estou a pensar no papel das escolas profissionais neste desiderato. Estou a pensar nos ganhos da escola geral e no regresso da escola à função primordial: impregnar os alunos de cultura!

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