Numa sociedade axiologicamente complexa e confusa há que aproveitar todas as oportunidades para dar sentido à prática educativa.
“ [...]Adenda: Entregarei este excerto aos alunos com uma pequena nota – Afixar em local bem visível!
- Colocar paixão e emoção naquilo que se faz, envolvendo-se com empenho e afinco e mobilizando todas as forças e energias na realização dos objectivos traçados.
- Exercitar a disciplina e auto disciplina e gerir bem o tempo de cada dia, no sentido de suplantar as insuficiências e de perseguir o aprimoramento constante.
- Ter um comportamento de desprendimento e de renúncia a papéis de vedeta e de actor principal, quando a harmonia necessária ao trabalho em equipa exige o desempenho de funções secundárias.
- Interagir com os outros, sejam eles colegas ou adversários, juízes ou espectadores.
- Agir segundo as regras do jogo que são as da correcção e da ética, da consideração e do respeito pelo adversário, como forma de se respeitar a si próprio.
- Desenvolver e testar competências de vário tipo: motor, técnico, táctico, afectivo e cognitivo.
- Desenvolver as capacidades da resistência e persistência, tendo em conta que a vida é bela, mas também é dura e que é muito ténue a linha de separação entre a vitória e a derrota. Pelo que é importante nunca desistir, saber lidar com as adversidades e contrariedades, com os erros, com os problemas e os insucessos, encarando-os como pretextos e oportunidades de aprendizagem, de crescimento e desenvolvimento.
- Incorporar o gosto e o risco de tomar decisões com consequências para o próprio, para o grupo e para outras pessoas.
- Adquirir o hábito de assumir responsabilidades e aceitar críticas pelo nível de cumprimento das tarefas claramente definidas e atribuídas pelo técnico a cada elemento da equipa.
- Formar um sentido de liderança. E este não decorre de gestos focalizados na afirmação de um individualismo exuberante, mas sim da maneira como se consegue levar os outros a pensar e acreditar, a ver e fazer aquilo que possivelmente não veriam nem fariam sem o nosso impulso.
- Cultivar a imaginação, a inovação e a criatividade, a alegria e o optimismo - qualidades que o jogo permite treinar de modo quase ilimitado e que tão relevantes são para a vida, para reinventar o presente e sonhar e olhar para o futuro.
[...]” (pp. 79-80)
[Bento, J. (2004). Desporto – discurso e substância, Ed. Campo das Letras. Porto]
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