3 de outubro de 2006

Ambíguo, eu?…

No quadro da política educativa encontramos ambiguidades significativas: Nos discursos, nas medidas legislativas, nas práticas, nas reformas, nas contra-reformas, etc.
É evidente que essas ambiguidades geram expectativas contraditórias ou mesmo equívocos, alguns dos quais promovem a descrença nas virtudes do sistema. Sendo a hipocrisia algo de condenável, a organização exposta a conflitos “insanáveis” que não se consegue comportar de forma hipócrita sentirá mais dificuldades em relação a outra organização que esteja habituada a usar essas estratégias. Agora que a escola pisca o olho à gestão e organização empresariais, há que começar a perceber o comportamento organizacional que sobrevaloriza o resultado escolar. E quanto mais a escola se preocupar em justificar a qualidade dos seus produtos [venham lá esses exames… ;)] mais ficará vulnerável aos ataques externos de outras organizações cujos resultados são contáveis. Diria que quanto mais a escola se preocupar em satisfazer as exigências externas da (ir)racionalidade empresarial mais se afastará da sua vocação. E se entenderem do que disse que defendo a balcanização escolar, isso só pode significar que o meu discurso já está inquinado…
Que grande nóia!

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