A sociedade actual é um palco onde se observam tentativas brutais de impor a vantagem pessoal em detrimento do interesse geral. Vivemos num tempo em que a ética parece ter emigrado para lugares que não conhecemos. A ideia que passa é que a comunicação social e a opinião pública em geral convivem com estranha naturalidade com os atropelos das regras morais. Argumenta-se, num estilo conformista, que a pressão dos resultados, a necessidade do lucro, as regras do mercado, marcam uma cultura de permissividade e que, portanto, há que saber viver com isso.
Observemos o desporto através de uma lente dirigida para a sua dimensão industrial e comercial. É neste quadro que as questões lançadas pelo mestre Jorge Bento fazem todo o sentido: Qual a razão para continuar a reclamar que o desporto seja um alterar de celebração do princípio do fair-play? […] Conseguirá o desporto sustentar-se como um espaço moral livre das influências sociais? Será capaz de manter a ilusão do fair-play na vida? Poderá configurar uma reserva destinada a garantir a sobrevivência de um axioma moral tão antigo?
Isto a propósito de uma ocorrência do jogo dos oitavos de final do campeonato do mundo de futebol - Portugal-Holanda – [estou certo que ainda fará correr muita tinta] interpretada por um jogador holandês que após uma paragem do jogo para assistência a um jogador lesionado se terá aproveitado da inacção dos jogadores portugueses, que esperavam que a bola fosse colocada fora do campo, para iniciar um contra-ataque.
Adenda: “O seleccionador de Portugal, Luiz Felipe Scolari, defendeu hoje que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) deve avançar com um pedido de despenalização de Deco para o jogo contra a Inglaterra, argumentando que o jogador recebeu o primeiro cartão amarelo ontem, frente à Holanda, depois de a equipa adversária ter desrespeitado o "fair-play" preconizado pela FIFA.”
Não estamos aqui perante um paradoxo do treinador da selecção? Ao mesmo tempo que se apela ao cumprimento dos princípios éticos encobrem-se outros valores que os ajudam a destruir.
Como quis vincar no corpo do texto: as acusações a violações da quebra dos princípios morais só servem para confundir os incautos.
Observemos o desporto através de uma lente dirigida para a sua dimensão industrial e comercial. É neste quadro que as questões lançadas pelo mestre Jorge Bento fazem todo o sentido: Qual a razão para continuar a reclamar que o desporto seja um alterar de celebração do princípio do fair-play? […] Conseguirá o desporto sustentar-se como um espaço moral livre das influências sociais? Será capaz de manter a ilusão do fair-play na vida? Poderá configurar uma reserva destinada a garantir a sobrevivência de um axioma moral tão antigo?
Isto a propósito de uma ocorrência do jogo dos oitavos de final do campeonato do mundo de futebol - Portugal-Holanda – [estou certo que ainda fará correr muita tinta] interpretada por um jogador holandês que após uma paragem do jogo para assistência a um jogador lesionado se terá aproveitado da inacção dos jogadores portugueses, que esperavam que a bola fosse colocada fora do campo, para iniciar um contra-ataque.
Adenda: “O seleccionador de Portugal, Luiz Felipe Scolari, defendeu hoje que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) deve avançar com um pedido de despenalização de Deco para o jogo contra a Inglaterra, argumentando que o jogador recebeu o primeiro cartão amarelo ontem, frente à Holanda, depois de a equipa adversária ter desrespeitado o "fair-play" preconizado pela FIFA.”
Não estamos aqui perante um paradoxo do treinador da selecção? Ao mesmo tempo que se apela ao cumprimento dos princípios éticos encobrem-se outros valores que os ajudam a destruir.
Como quis vincar no corpo do texto: as acusações a violações da quebra dos princípios morais só servem para confundir os incautos.
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