Desloco o foco que norteia a minha reflexão para a escola situada. É que já me doía o pescoço de tanto procurar fora da escola motivos para reflectir a minha prática profissional. É difícil determinar com exactidão [até porque a memória já me atraiçoa… esta lamechice era escusada] o número de conflitos que ocorreram em apenas três dias de aulas. A proximidade da relação educativa foi ainda maior: Os alunos viveram durante estes três dias um enorme stress competitivo que lhes fez emergir o bom e o mau que carrega o seu carácter. Aprender a lidar como a derrota e com a vitória, conviver com o prazer do sucesso e com a dor do insucesso, é um treino que urge intensificar na escola e na família.
Se não fui suficientemente claro, deixo-vos alguns exemplos que marcam a tipologia dos conflitos:
Jogadores autoritários que não deixam jogar os outros; Que ocupam, habitualmente, maior espaço nas instalações desportivas sem justificação; Que mostram condutas violentas (gritos, insultos, empurrões, pontapés nas bolas, etc.) diante os seus próprios companheiros o diante elementos da equipa contrária; Que não respeitam as regras estabelecidas; Que prescindem das normas de cortesia uma vez finalizado o jogo; Que simulam faltas e recorrem a comportamentos anti-regulamentares como forma de evitar golos; Que não escutam conselhos, instruções e decisões do professor; Que quando se sentam no banco amuam e não incentivam os seus companheiros; Que não aprenderam a aceitar os resultados negativos e encaram a derrota como um fracasso pessoal ou colectivo que afecta e condiciona a sua vida quotidiana;…
Não faltam oportunidades para fazer uma Educação para a nãoviolência!
Agora, preciso de um fim-de-semana para recuperar.
Adenda: O gajo tem intermitências. Isto é, são as intermitências ou o novo [por enquanto] blogue do Miguel Sousa.
Adenda II: Educação e Críticas... No plural. É o blogue do Henrique Santos.
Ao ler os discursos de várias entidades sobre a educação e os seus vários actores, deparo com duas atitudes muito generalizadas: -generalizações abusivas, tipo: os alunos de hoje são...; os professores...; -afirmações peremptórias e arrogantes, da parte de quem pouco conhece do que fala. É para combater um pouco estas atitudes (que considero erradas e enquistadas), e tentando não cair nelas que o autor criou este blog. Daí o seu nome.
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