"O caso da professora de Informática da secundária Herculano de Carvalho, em Lisboa, que esta semana foi agredida não é uma história isolada. Por todo o país, dizem os sindicatos de professores, há queixas de docentes que foram agredidos ou ameaçados por alunos ou pais. E são cada vez mais. No caso da Herculano de Carvalho o agressor era exterior à escola, mas foi dentro do recinto escolar que esbofeteou a docente.
[…] O Ministério da Educação não tem ainda dados do número de agressões físicas a professores registadas no primeiro período deste ano lectivo, mas a "avaliação qualitativa que o gabinete de segurança faz é que o número de incidentes diminuiu", refere Ramos André, adjunto do gabinete da ministra da educação .” [Público, necessária assinatura]
Hummm… O ME não tem dados mas “a avaliação qualitativa” sugere que o número de incidentes diminuiu… Estou a ver. É tudo uma questão de palpite.
E vamos lá a acreditar, de uma vez por todas, na palavra dos assessores, dos secretários e da ministra. É que já chega de mau feitio.
Esta notícia é relevante porque prova que a estatística tem sido muito útil às vítimas. Se eu a fosse uma das vítimas, e há uma grande probabilidade de isso vir a acontecer, ficaria muito mais tranquilo por saber que há menos cabeças rachadas e escoriações de professores enxovalhados. Deixaria de me sentir inseguro e humilhado. Até porque a solidariedade pública do ME e da ministra ajuda muito.
Bom fim-de-semana.
Adenda: "Braga: Pais obrigam a reforço de segurança em EB 1 - Professora sovada." [Obrigado pela achega, f.]
Estes jornalistas não se enxergam? Será que não percebem que desfiguram o ramalhete, que é composto por um pretenso pacto de não agressão entre o ME e a CONFAP, e mancham o cenário estrambólico delineado para o sistema educativo?
... Eu disse CONFAP? Está tão calada?...
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