19 de dezembro de 2005

Ora essa... (II)

"Acho que se justifica o desagrado dos professores com a ministra. Também me desagradaria a mim. E desagrada-me mais ainda como ministra. Muitos professores trabalham imenso. No último ano em que ensinei, dava 23 horas de aulas por semana. Tinha 286 alunos. Se viesse um ministro dizer-me, administrativamente: 'A senhora agora passa a ter mais xis horas de componente não lectiva' quando a minha componente não lectiva não tem sequer limite, eu não ficava zangada, ficava furiosa."
Completa agora o raciocínio: "Eu percebo isso. Mas não são um, nem dois. A maior parte dos professores têm a vida acomodada a esta situação. Ora, os problemas que temos à espera de resolução não se resolvem mantendo a actual situação
."
Maria de Lurdes Rodrigues (Pública – 18/12/05)

Aqui está o reconhecimento que faltava. Afinal, as reivindicações dos professores eram legítimas e justas. Só não percebi o modo pelo qual a ministra ressarcirá os professores pelos danos [morais e financeiros] causados pelas medidas que foram tomadas para resolver a actual situação.

Sem comentários: