Durante o encontro de professores cuja referência pode ser encontrada mais em baixo, pude conversar prolongadamente com um colega de outra origem. Dito deste modo, num país pequeno como é o nosso, até soa mal. Mas, a origem a que me refiro tem a ver com a singularidade das culturas de escola. Dizia-me esse colega que prosseguia uma outra lógica nas tarefas de constituição das turmas. A experiência já tinha sido realizada com uma disciplina do plano de estudos [do secundário] e pretendia envolver outros departamentos disciplinares. A experiência consistia na formação de turmas com 150 a 200 alunos distribuídos por 6, 7 ou 8 professores do grupo disciplinar. O número de alunos por professor dependeria de um conjunto de variáveis, nomeadamente, a tipologia das matérias, os espaços requeridos e disponíveis, etc., etc. Era uma lógica de organização subordinada aos interesses dos alunos nas diversas matérias de aprendizagem. A ideia não passava pela formação de turmas homogéneas no desempenho, disciplinar, sexo ou etnia. Apenas se procuravam atingir as dimensões motivacionais dos alunos orientando-os para uma aprendizagem mais activa sem perder de vista os núcleos essenciais do programa [como o colega me garantiu].
Não foi possível avançar muito mais na conversa em direcção às questões de pormenor organizacional e aos obstáculos que tiveram de ser removidos.
Mas ficou a ideia de que ainda é possível quebrar algumas mordaças numa escola de modelo único.
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