30 de setembro de 2005

Não contem comigo!

“Vamos passar a exigir as 35 horas semanais... Assim a nossa sociedade não pode acusar os professores de trabalharem pouco..."Pois eles até se queixam! Querem trabalhar 35 horas... só pode ser porque REALMENTE trabalham mais". Os pais deverão passar a perceber melhor o que se passa...
Há muitos que realmente não se preocupam com o trabalho que fazem e quanto menos melhor. Mas desses há em todas as profissões!
O que quero é trabalhar 35 horas e não me preocupar mais com a escola. […]”

Peço desculpa aos meus caríssimos colegas que subscrevem esta missiva mas eu não contribuo para este peditório. Embora compreenda a revolta dos docentes [até porque sinto na pele as vergastadas públicas] pela inaceitável afronta à dignidade profissional não penso que o passo em frente para o abismo profissional venha a resolver o problema central que é, a meu ver, a falência do modelo educativo societal e, em particular, o fracasso dos modelos escolares. Não contribuo para esse peditório mesmo que o actual executivo me convide a dar esse passo.
Não estou disponível para o reconhecimento público da extinção do ofício de ser professor!

Sem comentários: