26 de agosto de 2005

Vamos pensar a educação?

Fui desafiado no crackdow para conduzir um debate sobre o que poderiam ser bons exemplos de uma visão estratégica dos responsáveis pelas políticas educativas. Este desafio decorre de um comentário que deixei anexo a uma excelente entrada do crack cuja referência pode ser encontrada mais em baixo.

Quem me conhece sabe do meu apreço pelos desafios [atitude que terá sido inscrita na minha personalidade pela prática desportiva sistemática]. Saber provocar e deixar-se provocar é um factor essencial para o desenvolvimento pessoal. Saber avaliar as capacidades pessoais é a chave para o salto qualitativo instigado pelo desafio. Isto serve para o desporto e servirá também para a vida na sua integridade.

Antes de ser criticado por um eventual arrojo desmedido quero deixar claro que o alcance das minhas ideias não fará mossa aos fazedores de opinião consagrados e aos verdadeiros especialistas em ciências da educação. Como um simples professor [de ginástica, utilizando uma expressão tão do agrado do meu amigo e colega Miguel Sousa] não pretendo mais do que pensar em voz alta e poder contar com a vossa ajuda preciosa para ultrapassar as minhas limitações intelectuais e profissionais.

Deixando para trás as questões pessoais, olho para o desafio e vejo nele uma tamanha envergadura que terei de definir as condições de realização e as expectativas de sucesso.
Como poderei eu garantir um debate se desconheço o entusiasmo dos meus leitores sobre esta matéria? Numa primeira fase, posso fazer o que já fiz por aqui: lançar os foguetes e apanhar as canas. Isto é, posso contar com os meus heterónimos [não é para levar a sério]; Posso ficcionar; Posso, simplesmente, colocar um conjunto de questões para, em amena cavaqueira enquanto se saboreia um petisco, apontar um caminho para a coisa educativa.

Se quiséssemos uma coisa séria, um estudo científico por exemplo, que legitimaria políticas interesseiras, formávamos uma comissão de estudo com especialistas isentos. Como não queremos legitimar coisa nenhuma deixamos correr as ideias e a escrita. Pode ser? Ah… e o sucesso? O sucesso é aquele que o homem quiser. E pronto, creio que estão garantidas as condições para avançarmos.

E como o melhor é começar pelos princípios, há um princípio da lei de bases do sistema educativo (LBSE) que me faz alguma confusão.
Diz o artigo 2º o seguinte:

a) O Estado não pode atribuir-se o direito de programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas;

Afinal, de que é que estamos a falar? De uma educação neutra? Alguém me pode ajudar a interpretar este articulado?

Como li algures, (…) to be continued.

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