Duas horas forçadas de reflexão e um turbilhão de pensamentos cortados pela solicitação de uma nova folha de prova. Se prescindirmos dos motivos que se prendem com a possibilidade de um retiro espiritual compulsivo não encontro razões substantivas que justifiquem a atribuição do serviço de vigilância aos exames nacionais a um professor. A meu ver, esta função enquadra-se nas funções do auxiliar da acção educativa ou, em última instância, pode ser remetida para uma empresa de segurança privada. É verdade. Foi a ambiguidade do articulado no estatuto da carreira docente que deixou terreno livre à administração para continuar o grande empreendimento que visa transformar o professor num operário acrítico.
Foi assim durante a prova: Enquanto procurava razões substantivas para justificar esta perda de tempo no trabalho do professor, ocorreu-me um pensamento divergente. Afinal, esta nobre função de vigilância pode ser considerada uma actividade educativa se acreditarmos que a simples presença do professor na sala de exame se transforma num factor gerador de segurança e de confiança para o aluno.
Pois…
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