13 de junho de 2005

Entropia.

Não sei quantos textos produzi desde que inaugurei este local de conversa. Eu sei que a escola é plural de motivos mas a minha sapiência é curta e diariamente corro o risco de me repetir. Ano e meio depois de escrever a primeira linha dou por mim, com bastante frequência, de regresso ao local de origem. O outroolhar começou no Sapo e germinou durante nove meses. Foi uma escrita sensorial, epidérmica, aqui e ali visceral. Quem me conhece saberá do que falo. Regresso, dizia eu, para perceber o balanço, confirmar a rota, tomar o pulso à escola. Não a uma escola qualquer. Mas a uma escola vivida, singular, situada.
Ainda hoje, enquanto vasculho alguns dos temas que a minha memória desconfia, deixo-me ficar. E nem quero acreditar no marasmo autofágico instalado, resistente à inovação.
Para quê mudar-lhe uma vírgula? Para quê?
Nessa passagem questionava:
O que motiva este empreendimento perverso que procura transformar o professor num tenebroso burocrata?
Que bom seria se os conselhos de turma fossem ocupados, inteiramente, com os alunos e as suas necessidades.
Ficaremos mais tranquilos com causas exógenas?
Então direi que os professores do ensino básico e secundário têm sido fustigados com mudanças iníquas no sistema educativo. Receio que o antídoto para lidar com essa entropia passe pela alienação.

Assim está bem? Já podemos dormir sossegados?

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