5 de janeiro de 2005

Sinais…

Creio que todos nós, que temos o hábito de reflectir sobre a profissão, paramos [não sei quantas vezes por dia] o relógio da azáfama para balanço. Aguardamos pelos sinais do tempo para compor o ramalhete e escolher a cor do rótulo. Sinais que disfarçam problemas, emoções, rupturas, sensações.
Hoje escolhi o vermelho [ou o negro?] para carimbar o dia. Talvez fosse dispensável a confirmação dos factos para reafirmar que esta Escola não serve os alunos porque não se preocupa com o aluno. E não adianta carpir as mágoas esperando por um impulso vertiginoso [externo e de preferência demasiado distante] que coloque a escola na rota transformadora. Mais do que um problema societal é um problema de organização com alcance nacional. Há que incrementar a competência jurídico-administrativa e sócio-organizacional das escolas. Há que deixar os diversos actores que interagem na escola, com as suas possibilidades de escolha, alterarem ou criarem novas regras. Tudo isto, para não termos de assistir estupefactos à metamorfose do aluno que deixou de o ser só[?] porque a escola se deixou subjugar pela ditadura da dimensão lectiva.

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