Nada de surpreendente. Como previra, após as peripécias da abertura do ano lectivo, as escolas voltaram ao marasmo em que se encontravam antes das férias da comunidade educativa. A reorganização curricular do ensino secundário está em marcha e cada um dos actores envolvidos cumprirá [?] a função que lhe está reservada. Disso não tenhamos dúvidas. Pelo menos é assim que consta nos autos. No ensino básico tudo corre muito bem. As áreas de projecto e de estudo acompanhado produzirão os seus resultados [?] embora aqui e ali apareçam sinais contraditórios oriundos do Ministério da Educação que as desacreditam [o “reforço” do Português e Matemática no 1º ciclo será concretizado à custa de quê?]. As questões relacionadas com o “novo” modelo de gestão e administração escolar deixaram a actualidade informativa e, para finalizar, continuamos sem perceber qual é a política deste governo para o sector.
Nas escolas, as coisas também correm muito bem. O começo tardio das aulas permitiu que os alunos estendessem oportunidades de “socialização” [gosto deste palavrão]. Depois, logo se verá. Os professores “ residentes” aproveitaram para investigar, aprofundar as matérias, no fundo tiveram mais tempo para fazer um trabalho pouco reconhecido pela opinião pública mas que é essencial à função docente; enquanto que os outros à procura da sua “residência” esgotaram-se no processo de colocação. Os encarregados de educação reagiram ao caos porque se viram encurralados sem ter onde colocar os filhos. Já passou. Esta foi a escola do faz de conta.
E agora?
Se atendermos ao silêncio dos meios de comunicação social, se observarmos o corrupio no interior das escolas onde os operários docentes se esgotam em tarefas de cariz administrativo, se atendermos ao trabalho dos órgãos de gestão que procuram remediar os efeitos negativos da confusão que se instalou no sistema, as coisas até estão a correr muito bem.
Até à próxima convulsão!
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