8 de setembro de 2004

Olhar distante.

A propósito de uma discussão inacabada com o Manuel sobre a emergência de uma nova escola lanço este breve olhar, ou um desafio se o entenderem como tal.
As discussões sobre a Escola realizadas intra-muros não fazem parte da agenda dos professores. Admito que esta generalização é abusiva porque decorre da minha experiência profissional, dos encontros justificados pela coisa educativa, do pulsar manifestado na blogosfera. Não me interessa, nesta ocasião, procurar as causas do afastamento docente apoiando-me em estudos ou publicações.
A pergunta que eu coloco é a seguinte:
Será que o professor está votado à sua condição de operário acrítico e arredado da possibilidade de ser ele próprio a decidir o sentido do seu destino?

2 comentários:

Anónimo disse...

o único voto a que o professor estará, ou deverá estar, sujeito refere-se à sua própria capacidade de entender e definir o mundo que o rodeia. Tal como qualquer outro profisional, em que sector seja, caso não pense aquilo que faz corre o sério risco de ser substituído por quem o faça - brasileiros, ucranianos, espanhois, ou outros.
mas considero tamb+em que há espaço e oportunidades suficientes na escola para que todos possam e devam ter um espaço que designam de seu. Seja a pensar a sua profissão, seja a serem operários, seja a organizar modos, espaços ou recursos. A necessidade fundamental diz respeito à capacidade dos professores se organziarem para responderem a estas e a outras questões.
Já agora quanto ao facto de não existirem mais participações na blogosfera estou certo que se prenderá com a indefinição e angustias em que muitos colegas estão envolvidos. O tempo o dirá.
manelc

saltapocinhas disse...

Fazes cada pergunta!!
Eu respondo "não", mas às vezes irrita que parte da qualidade do nosso trabalho dependa de condições físicas que por sua vez dependem da "boa vontade" de presidentes de juntas de freguesia que não estão minimamente incomodados com as (péssimas)condições em que trabalham professores e alunos. Eu sei que a tua pergunta era mais retórica, mas é das coisinhas básicas que depende em grande parte o sucesso ou insucesso das maiores...