A educação é o poder mais alto. Embora o poder político seja o poder de referência, na base encontramos o poder pedagógico. Que boa forma esta de legitimar o poder do homem sobre o homem.
É neste quadro de convém perceber as movimentações sociais que visam limitar o acesso ao saber dos grupos economicamente vulneráveis. A massificação do ensino gerou a ascensão social de determinados estratos da população de parcos recursos económicos. A origem social deixou de constituir um factor determinante para o exercício de funções bem remuneradas.
Há que enquadrar a origem do nervosismo dos que bradam incessantemente pela crise da escola e que reclamam o direito de escolha da melhor escola para os seus.
Não sendo refutada a crença de que com a educação se alcança o maior bem-estar e a plenitude para os indivíduos e a sociedade, há que perceber que este discurso da crise e da ineficiência da escola satisfaz os arautos neoliberais.
O que mais me impressiona é a facilidade com que estes discursos foram assimilados pelo senso comum.
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