6 de setembro de 2004

António Barreto escreveu no Público:

Após um breve olhar há que destacar o seguinte:
“A educação, por si só, não cria cultura nem liberdade. Nem é motor do desenvolvimento.”
Comentário: E se definisse educação e liberdade?

“A igualdade social não veio a reboque do desenvolvimento da educação.”
Comentário: Argumento contrário - Sem educação será possível falar de igualdade social?

“Em Portugal é provável que o crescimento da educação em todos seus aspectos tenha, entre outros resultados, o aumento das desigualdades sociais.”
Comentário: Provérbio: Quanto mais sobe maior será a queda!

“Desde que as orientações se tornem independentes dos dois mais poderosos factores de conservação desta famigerada ideologia: a burocracia ministerial (e seus técnicos e especialistas) e os sindicatos de professores. São estes dois corpos os verdadeiros responsáveis pela política educativa em Portugal, ajudados evidentemente pela demagogia dos dois grandes partidos.”
Comentário: Ora venha daí uma alternativa!

3 comentários:

Anónimo disse...

O exemplo da Finlândia não costuma vir muito à baila nestas discussões, mas é muito interessante. Só alguns dados: os mesmos anos de escolaridade; entrada na escola só aos sete anos; sistema de um só professor até ao sexto ano; não há exames (só para entrar na universidade ou politécnico); os programas são mínimos, sendo dada às escolas e aos professores liberdade para ensinar como e o que quiserem; poucas escolas privadas; todos os professores têm mestrado, pelo menos; ensino profissional secundário bastante desenvolvido; se não estou em erro, mais de cerca de 70% acaba o secundário (não é obrigatório); uma grande percentagem passa ao ensino superior. O país ficou em primeiro lugar do célebre PISA, que avaliou a literacia e a numeracia. Tudo isto sem grandes discussões, neoliberalismos, radicalismos ou saudosismos. Os Filandeses dizem apenas que fazem o que acham que é mais sensato e, devido à curiosidade de que foram alvo aquando dos resultados do PISA, esperam ficar em 2º ou 3º lugar no próximo estudo.

Anónimo disse...

Uma alternativa é acabar com a burocracia e mudar os sisndicatos. Em relação aos sindicatos, poderei até dizer que lhes competia pensar no ensino a partir dos alunos e das suas necessidades, em vez de imaginar tudo em função dos professores.
Dou um exemplo: os horários das escoals não devem ser feitos em função das conveniências dos professores mas em função das vantagens pedagógicas para os alunos. Era o que o sindicato devia defender.

Miguel Pinto disse...

Henrique, é suposto que os sindicatos defendam os interesses dos seus associados. Ou não?