... a quem encontrar um professor do ensino básico e secundário entusiasmado, confiante no futuro da educação e que revele o seu agrado com a orientação da política do sector.
Creio que o sentido do voto nas eleições legislativas é determinado por uma mescla de dimensões motivacionais. Os resultados eleitorais não expressarão, a meu ver, a aceitação desta ou aquela política, não ratificarão o acerto das orientações e decisões governativas sectoriais. Se exceptuarmos as questões de natureza económica, as políticas sociais não têm sido decisivas nas conquistas e reconquistas do poder. A sentença eleitoral dos portugueses não se orientará por mais e melhor Educação, mais e melhor Saúde, uma melhor política social.
Isto a propósito do ambiente escolar em que vivo. É que verifico no rosto de alguns colegas, declaradamente simpatizantes dos partidos políticos da maioria, expressões de vergonha, de reserva, de uma vontade de fugir aos assuntos que envolvam política educativa.
O que me deixa perplexo não é o reconhecimento, mesmo que implícito, de um fracasso governativo. O que me deixa desapontado é que esta atitude também poderá significar a desvalorização da profissão pelos próprios profissionais.
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